Há alguns dias atrás teci algumas considerações acerca da forma como me sentia desprezado por alguns elementos da minha Familia. Sobretudo neste periodo pós separação. Dei comigo a viver numa casa grande sózinho, só com os meus cães (que não são poucos...), com algum receio de me agarrar aos manuais de cozinha, desconfiado dos electrodomésticos, etc.
Dizia eu que teci considerações que foram "curtas e grossas" e que geraram uma onda de comentários, a maior parte deles anónimos, e por isso com pouco valor (a todos os níveis). Por outro lado algumas coisas muito importantes foram ditas por aqueles que se assumiram, e queria agradecer a quem partilhou uma opinião independentemente de qual tenha sido.
Queria salientar que as Pessoas pelas quais me sinto desprezado não são nem a Mãe dos meus Filhos, de quem acabo de me separar fisicamente e com vivia (e ainda estou cassado desde 1996), nem dos meus Filhos... até porque estes últimos vivem intermitentemente entre a casa do Pai e da Mãe. Curiosamente a Mãe é das Pessoas que tem sido mais afectuosa e cuidadosa a perguntar se é preciso alguma coisa a convidar-me para ir a casa dela quando é a vez de eles lá estarem, etc.
Senti necessidade de dizer isto aqui para não haver lugar a mal entendidos. Recebi hoje um sms de um dos meus melhores amigos (esta é para ti J) que me dizia: "o que é se passa com o teu Blog: andamos lá a lavar roupa suja?" Não disse mas pensei: a roupa suja lava-se, a lavada seca-se... Os anónimos, esses, caiem no erro de lavar a lavada (o que a suja), e de lavar a seca (o que a molha) ...
Eu, claro, a partir do momento em que "partilho" na "blogosfera" o sentimento de estar triste e estar a ser rejeitado por alguns elementos da minha Familia, essa emoção deixa de ser anonima, e os que cometem o acto/erro de desprezar também deixam de o ser perante eles e os outros.
Por fim, dizer que a seguir à tempestada vêm a Bonanza e começa a surgir um sentimento libertador do género: o vincúlo familiar não tem obrigatoriamente que condicionar emoções...
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