11 de abril de 2010

Boris Vian


Em 1932 Boris Vian sofreu uma febre reumática, que lhe deixou graves sequelas no coração, e em 1935, uma febre tifóide mal curada. Os problemas cardíacos acompanharam no até o fim da vida e a doença trouxe lhe como consequências imediatas os cuidados excessivos da sua mãe (retratados em várias passagens da sua obra, com imagens de crianças criadas em gaiolas e filhos carnalmente ligados à mãe a ponto de serem simultaneamente escravos e vampiros do seu sangue) e uma ânsia enorme de aproveitar a vida, provocada pela constante ameaça de morte, que também marcaria toda a sua obra. Uma morte que não se ficava por uma realidade psicológica interna, mas também por uma realidade externa: viveu a adolescência e o período universitário durante a segunda guerra, e tinha 20 anos quando Paris foi ocupada pelas forças nazi fascistas em 1940.

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